21 de abril de 2008

30 - Cold Souls.

Ao iniciarmos esta lista dos 25 Filmes a Ver em 2008, deparámo-nos com uma pequena dificuldade. Vinte e cinco filmes dariam para realizar uma boa colheita, sim senhor. Quanto a isso, não havia grandes dúvidas. No entanto, reparámos que, caso alargássemos o leque de obras a destacar para trinta, o lote poderia ficar ainda melhor. Após alguns minutos a pesar os prós e os contra, constatámos que a única verdadeira adversidade passaria pela maior demora em chegar aos lugares cimeiros. Ora, caso consigamos apresentar um filme dia sim, dia não, tal significará que só daqui por dois meses é que chegaremos ao filme mais antecipado do ano. Como, falar de… portanto… dessa tal obra, apenas em finais de Junho, será deveras incómodo, teremos de acelerar o passo. Um por dia será praticamente impossível, apesar do que a Adidas diz. De qualquer modo, tudo faremos para até finais de Maio deixarmos aqui os trinta títulos mais aguardados de 2008.

O primeiro, um autêntico tiro no escuro. Quanto mais não seja porque não há rigorosamente nada do filme ainda para ver. Estamos completamente às escuras. Não há fotografias. Nem poster. Trailer, muito menos. Entrevistas de qualquer tipo. Nada. Apenas uma lista com os nomes do elenco. Uma realizadora. Uma sinopse de duas linhas. E, é isto. Está escolhido um dos trinta filmes mais aguardados do ano. Cold Souls, realizado pela estreante Sophie Barthes (responsável também pelo argumento), tem tudo para ser aquele indie do qual ninguém ouve falar até chegar a altura dos prémios. É verdade que pode ser este, como, outro qualquer. No entanto, apostamos neste, sobretudo devido ao protagonista, a maior estrela de cinema que não o é – o actor que, quase só é protagonista quando o projecto é demasiado arriscado para os outros meninos bem comportados. O filme retrata a vida de Paul (Paul Giamatti), um homem em plena crise de meia-idade, com dúvidas existências sobre tudo e mais alguma coisa. Paul, e aqui ainda estamos a falar do filme, é um dos actores mais famosos do mundo, que, por acaso, acaba por dar de caras com uma loja de almas, que mais não é do que um laboratório privado que possibilita aos nova-iorquinos um descanso dos seus estados de espírito pesados. Posto isto, até parece que está encontrado o As Confissões de Schmidt (Alexander Payne, 2002) deste ano. Talvez não. No entanto, uma cineasta acabada de chegar a Hollywood a querer provar o seu valor; um actor que assenta que nem uma luva em histórias pitorescas – veja-se, por exemplo, American Splendor –, e, um elenco onde ainda constam os nomes de Emily Watson e David Strathairn, tudo combinado, pode resultar numa agradável surpresa. Retumbante, só o tempo o dirá.

1 comentário:

Anónimo disse...

Grande actor Paul Giamatti, que espero não perca a cabeça e continue a fazer grandes filmes como até agor. O melhor dele para mim é sem dúvida o Sideways(2004).Um abraço.

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