Existem hábitos e costumes difíceis de quebrar. Romper com as rotinas, nunca é fácil, sobretudo se nos derem gozo. Confesso, a frequência com que hoje vou ao clube de vídeo já não é a mesma de outros tempos. Na altura em que estudava, poucas coisas ficavam mais perto da escola do que o clube de vídeo. Talvez só mesmo a mercearia da frente. Talvez porque ir ao clube de vídeo, seja mais do que ir apenas ao clube de vídeo, jamais poderei aceitar que chegará o dia em que deixarei de contar com ele. Ainda ontem lá fui, para devolver dois filmes. Até sujeito a pagar multa, sabe bem entrar num espaço que traz tantas memórias. Muitos dos primeiros filmes que vi, vieram daquelas estantes. Acredito que seja assim para muita boa gente. É porque, antes de termos dinheiro para comprar filmes, temos dinheiro para os alugar. Há que começar sempre por algum lado. E, muitos terão começado por aqui também. Espero apenas que este vídeo seja o retrato de um tempo muito, muito distante.
27 de maio de 2008
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3 comentários:
Excelente esta fakereportagem. Mas como dizes, um dia será mesmo notícia. E já tivemos bem mais longe! Um abraço!
Por acaso, os primeiros filmes que via eram via VHS emprestados pelos amigos ou gravados pelo meu pai na noite anterior. Quanto à Blockbuster, eu ainda fui sócio por uns meses mas logo desisti de participar numa chulice capitalista como dar 3.50€ por um aluguer. Nunca mais lá fui, após encontrar uma concorrente logo ao lado, a metade do preço...
Blockbuster para mim, só comparável à FNAC e os seus preços absurdos.
alvy, não podia concordar mais. uma ida ao clube de vídeo é muito mais do que um clique mecânico num programa de downloads, é um processo de apreciação e escolha daquilo que vamos ver, é uma visita às memórias que aquelas estantes nos trazem.. para já, esta noticia ainda não é real, mas mesmo quando for, para mim a tradição da ida (demorada, geralmente) ao clube de vídeo não vai mudar.
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