23 de maio de 2008

Vice-presidente a bordo.

O futebol está longe de ser uma paixão. Contudo, há uma frase, associada salvo erro ao Barcelona, da qual gosto bastante. Mais do que um clube. É um pouco isso que sinto em relação a W, ou como os sites norte-americanos começam a chamá-lo, Dubbya. Mal por mal, a simplicidade do primeiro. A cada dia que passa, parece que o projecto de Oliver Stone se torna em algo mais do que apenas um filme.

Com a dúvida a persistir, se Stone optará por um registo mais satírico ou, antes, algo mais na linha de JFK – embora nos pareça que o único mistério nesta administração seja quem é que conseguiu convencer Colin Powell de que havia mesmo armas de destruição maciça no Iraque –, a única certeza que vamos tendo, para já, é que Bush não sairá bonito na fotografia. Apesar da ameaça de greve do SAG pairar sobre a produção, a Lionsgate já tem a confirmação de que não surgirão complicações. A estreia continua marcada para Outubro, antes das eleições, e tudo será feito para que o Dvd chegue às lojas em Janeiro, por altura da saída de Bush da Casa Branca.

Hoje, o filme volta a ser noticia pelo anúncio de que Richard Dreyfuss terá sido recrutado para o papel de Dick Cheney. Para mais de metade da população norte-americana, as borradas de Cheney em muito ultrapassam as idiotices de Bush. Talvez por partilhar esta opinião, à primeira vista, esta não me parece uma boa decisão de casting. A não ser que o filme seja mesmo uma ridicularização daquilo que se passou em Washington nos últimos oito anos. Influências ou não de The Education of Max Bickford, Dreyfuss tem muito mais ar do avô que se senta connosco a beber um chocolate quente e a jogar às cartas, do que do ser mais terrível com ar de executivo que já pisou a terra. Quase que dá vontade de pegar naquelas bochechas e perguntar, Quem é o avô querido, quem é?

Para além de Dreyfuss, do elenco fazem já parte Josh Brolin, Elizabeth Banks, Thandie Newton (Condoleeza Rice), Rob Corddry (Ari Fleischer), Scott Glenn (Donald Rumsfeld), Ellen Burstyn (Barbara Bush), James Cromwell (George Bush), Jeffrey Wright (Colin Powell) e Toby Jones (Karl Rove).

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo com a tua opinião de que Dreyfuss transmite uma imagem demasiado, vá lá, doce. Mas, para mim, mais "grave" do que isso é a Thandie Newton a fazer de Condoleezza Rice. Não me entra na cabeça como aquela carinha se irá transformar numa carantonha com ar altivo e prepotente.