Depois de vinte e quatro filmes, chegamos finalmente ao número um. Aquele que, em meados de Junho, é o mais aguardado do ano por estes lados. Quando nos lançamos numa lista como esta, procuramos sempre passar a ideia de que isto é uma coisa linear, e não há volta a dar. No entanto, não é bem assim. Há momentos, por exemplo, em que aguardo com maior ansiedade por The Soloist do que Doubt. Ou, por Happy-Go-Lucky do que Seven Pounds. No entanto, na grande maioria dos dias acordo com mais disposição para ver Revolutionary Road do que Milk. E, com o passar do tempo, esta ordem vai ganhando consistência. Hoje, apesar de algumas hesitações que não podemos evitar, The Changeling é mesmo o título mais antecipado do ano.
Porque é realizado por Clint Eastwood, que faz acompanhar da sua equipa ganhadora. Porque tem Angelina Jolie e John Malkovich. Porque é produzido por Brian Grazer e Ron Howard. E, porque tem sido elogiado por onde tem passado, como aconteceu, por exemplo, em Cannes. Sobre ele, já se disse:
“A dozen filmmakers could have taken a dozen different approaches to the same material -- sensationalistic, melodramatic, expose-minded, a kid's or killer's p.o.v., and so on. Perhaps the best way to describe Eastwood's approach is that he's extremely attentive -- to the central elements of the story, to be sure (with its echoes of A Perfect World), but also to the fluidity between the private and the public, the arbitrariness of life and death, the distinct ways different people view the same thing, the destructive behavior of some adults toward children and the quality of life in California around the time he was born”. – Variety;
“Regarding the other elements of the film, J. Michael Straczynski’s script is first-rate; he's an excellent storyteller, and does a solid job of translating true events into a dramatic story. There's no jarring wooden dialog here, no overt exposition; Straczynski knows how to show rather than tell, and the powerful script does much to carry the film. As with most of Eastwood's films, it's artfully shot and directed and very pretty to look at. Eastwood wrote the music for the film as well, and you could practically imagine the orchestra at the Oscars playing it in January; the film telegraphs "Oscar nominations" for Jolie and Eastwood, at the least, but of course, we'll have to wait and see how the rest of the year pans out”. – Cinematical;
“Changeling is an epic, fact-based story — depicting sadistic, systematic corruption in the municipal government, the police department and the medical establishment of 1920s Los Angeles — that has the novelty of being virtually unknown today. The script, by TV writer-producer J. Michael Straczynski (Babylon 5, Jeremiah), juggles elements of L.A. Confidential, The Black Dahlia, The Snake Pit and any number of serial-killer thrillers. But at its center are the heartache and heroic resolve of a woman who has lost the one person she loves most and is determined to find him, dead or alive, against all obstacles the authorities place in her way. In that sense the movie is a companion piece to last year's Cannes entry A Mighty Heart, in which Jolie played the wife of kidnapped journalist Daniel Pearl — except that Changeling is far more taut, twisty and compelling”. – Time.
No filme, Jolie interpreta uma mulher que vê o seu filho ser raptado e, posteriormente, devolvido. No entanto, ela duvida que a criança que lhe foi entregue seja o seu verdadeiro filho, levando-a a confrontações directas com a polícia de Los Angels, que não acredita nas convicções da mãe. Diga-se que a história, passada nos anos 20, é baseada em factos reais. A ver vamos, se este será mais um triunfo para Clint Eastwood. Provocações à parte, este ano a Academia não deverá ter carreiras para homenagear. Aqui fica o primeiro clip conhecido da obra. O filme tem estreia marcada para o final do ano, como se pede a qualquer firme candidato aos Oscares.
2 comentários:
Subscrevo inteiramente. É também para estes lados o filme mais aguardado.
Acho que pura e simplesmente o Clint Eastwood não sabe fazer filmes maus. Nem que se esforçe...
Vamos a ver o historial do senhor nos últimos anos e vemos um "Unforgiven", um "Bridges of Madison County", um "Mystic River", um "Million Dollar Baby", um "Letters from Iwo Jima", e já só é possível pensar que o céu é o limite...
Deslumbra-nos novamente, sr. Eastwood!
Também foi o número 1 lá no meu blog... Li que o título passou de Changeling para The Exchange, mas agora já não tenho certezas :S
Abraço
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