Com o passar dos anos, à medida que vamos envelhecendo – um inicio de texto claramente marcado pelo pessimismo de um domingo –, vamos recordando cada vez com mais saudosismo – um inicio de texto claramente marcado pela nostalgia de um domingo –, aquilo que foram os episódios mais importantes da nossa infância. E, à medida que os anos passam, quem diz infância, diz adolescência. Quem diz adolescência, diz jovem adulto. Quem diz jovem adulto, diz adulto à beira da crise de meia-idade. Por aí adiante. Fosse qual fosse a idade do espectador em frente do ecrã, na altura em que a série passou nas nossas televisões, poucos serão aqueles que hoje não vibrarão com este mais recente artefacto da tecnologia rodoviária. Mas, verdade seja dita, os mais visionários já tinham previsto isto há um bom par de anos, e era só uma questão de tempo até alguém se lembrar de um GPS com a voz de William Daniels. William, quem? Pois é, se entrasse por aqui adentro a dizer KITT, ninguém teria problemas em reconhecer o dito cujo. William Daniels só está ao alcance de genuínos geeks. Para quem identificou à primeira, o teste está feito. Agora, em relação ao aparelho, o vídeo abaixo demonstra algumas particularidades interessantes, que farão as delícias de muito bom entusiasta do braço direito de Michael Knight. O GPS da Mio dirige-se ao condutor na primeira pessoa, e o nome pode ser alterado. O problema é que existe um limite pré-definido, e como a máquina só será disponibilizada, numa primeira fase, nos Estados Unidos e Canadá, ainda não existem opções como Acácio ou Silvino. Aliás, espera-se que a Mio anuncie em breve as suas intenções de lançar isto noutros mercados. Ao mesmo tempo, também seria bom pensar em upgrades. É que a análise feita Neil Epstein diz-nos que KITT não fala tanto quanto seria desejável. Não deve haver nada mais cool do que estar num first date, um tipo perder-se a caminho do restaurante, e William Daniels dizer Hum… Alvy, a este ritmo só chegamos lá a tempo da sobremesa. Por isso, pessoal da Mio, vejam lá se dão azo a toda essa criatividade. Mas, por agora, o nosso mais sincero obrigado pelo reavivar da memória.
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