Depois de A Rainha, a Duquesa. Percebemos o truque. Pelo meio, ficam a faltar títulos nobiliárquicos como a Regente, a Princesa, a Infanta, ou a Arquiduquesa. Mas, não é grave. Se fossemos por ordem, talvez fosse mais complicado arranjar um biopic que justificasse a transposição ao grande ecrã. Daí que a Pathé Productions tenha optado por pegar na extravagante vida politica e social da aristocrata Georgiana, Duquesa de Devonshire. Esperemos nós, com razão. O filme, como o próprio título deixa antever, é um retrato da existência da Duquesa Georgina (Keira Knightley), uma aristocrata do século XVIII, apanhada num triângulo amoroso. No entanto, expedita e resoluta, Georgina logo se apaixona por um politico em ascensão, de modo a remendar o destroçado coração. Realizado por Saul Dibb, para além de Keira Knightley, o filme conta com as participações de Ralph Fiennes, Hayley Atwell e Charlotte Rampling. Quanto a Keira, começamos a recear que a actriz possa estar a colar-se a um registo. Deliberadamente, ou não. É que para filmes de época, também há um limite. E, sabendo que este tipo de obras costuma ser bem vista pela Academia, as más-línguas até poderão dizer que Keira está em época de caça ao prémio. O que não é verdade, na medida em que a actriz está a jogar em casa. Uma actriz britânica interpretar uma personagem britânica, não é fazer-se ao galardão. O trocar de sotaque é que tem saída. Veja-se o caso de Hugh Laurie. Até viajar no sentido inverso resulta. Veja-se a Bridget Jones de Zellwegger. Helen Mirren é a excepção que confirma a regra.
Quanto às suspeitas de paralelismo com Marie Antoinette (Sophia Coppola, 2006), confesso que foram derrubadas aquando do visionamento desta fotografia. Não tenho memória de uma Kirsten Dunst tão desgadelhada. Aqui fica o mais recente trailer.
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