Tecnicamente, foi ontem. No B.I., a data de nascimento de Olivia de Havilland é 01 de Julho. No Yada, porque os dias esticam à vontade do freguês, a data celebra-se a 02 de Julho. Mas, verdade seja dita, esticam por uma boa razão. Olivia de Havilland é daquelas por quem tenho maior estima. Ainda no tempo em que o Vhs estava na berra, perdi a conta ao número de vezes que rebobinei a fita para rever As Aventuras de Robin Hood (Michael Curtiz e William Keighley, 1938) e Vida Nova (Michael Curtiz, 1939). O mesmo só não acontecia com E Tudo O Vento Levou (1939), porque o tempo passado a rever o clássico de Victor Fleming, dava para ver os outros dois. O habitual espírito da promoção. Dois pelo tempo de um. Pouco depois, vim a saber que isto era apenas a ponta do iceberg. Não mais que um lamiré de uma das mais prestigiantes carreiras de Hollywood. Daquelas que atravessa e se eleva acima de qualquer Era Dourada. Vencedora de dois Oscares, pelos seus desempenhos em To Each His Own (Mitchell Leisen, 1946) e em A Herdeira (William Wyler, 1949), Olivia de Havilland deixou marca indelével na História da sétima arte. The Snake Pit (Anatole Litvak, 1948), Captain Blood (Michael Curtiz, 1935), It’s Love I’m After (Archie Mayo, 1937), Hold Back The Dawn (Mitchell Leisen, 1941), Hush…Hush…Sweet Charlotte (Robert Aldrich, 1964), In This Our Life (John Huston, 1942), The Strawberry Blonde (Raoul Walsh, 1942). E, a lista, acompanhada por esta mítica cena de Vida Nova, poderia continuar.
Viu a sua irmã mais nova, Joan Fontaine, se antecipar, e conquistar primeiro o tão desejado Oscar. Contudo, a primeira vez que o ganharia, seria Fontaine a anunciar e a entregá-lo. Hoje, continuam a ser as únicas irmãs a realizar este feito. Nunca foi muito de arrebatar corações. Vários foram os filmes que a forçaram a esconder a beleza por debaixo da personagem. Aquilo que nunca escondeu mesmo foi o talento.
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