8 de agosto de 2008

Aterragem para breve.

WALL•E chega na próxima semana às salas nacionais. Sete dias, mais coisa menos coisa, para visitar o robot profissionalmente mais dedicado de que há memória. Tal como aconteceu com The Dark Knight, este é outro que seguimos com atenção há já largos meses. Teasers, trailers, posters, fotografias, entrevistas, anúncios, por aí fora. Papámos tudo e mais alguma coisa. A cada hora que passa, parece que nos esquecemos cada vez mais de tudo o que foi visto, e não sabemos rigorosamente nada do filme. Temos de ver para relembrar o que já nos passou diante dos olhos, e descobrir aquilo que será a novidade completa.

No entanto, contrariamente a The Dark Knight, o novo filme da Pixar surge apenas um ano depois de um outro filmaço, com o qual facilmente poderão surgir comparações. Mas, mesmo que estas não apareçam, quanto mais não seja para celebrar a existência de algo tão encantador como Ratatui, aproveitei esta manhã para recordar as linhas escritas há sensivelmente um ano, no Deuxieme. Não retiro uma única vírgula. Relembro como se tivesse sido ontem, o impacto provocado por este filme. O cambalear com que sai da sala patenteava o arrebatamento. Nas considerações sobre o chef Remy, tomei a liberdade de avançar com ofensas como “Esta obra extravasa engenho e arte. As limitações do género são algo que não existe. Aquilo que Bird constrói a cada frame é um filme universal, que não conhece fronteiras quando se dirige ao público sentado na cadeira”, e “Nada melhor do que um filme sobre sonhos impossíveis, para nos pôr a sonhar. Contudo, fica aqui o aviso: o sonho começa depois das palavras The End. Antes disso, aquilo é bem real. Parecendo que não, é possível fazer um filme tão bom quanto este, um filme que enche o coração”.

Hoje, a poucos dias de ver WALL•E, recordo com um sorriso a deliciosa e, porque não, saborosa, experiência que foi o visionamento de Ratatui. A obra de Andrew Stanton até pode vir a ser algo nunca visto, no entanto, mesmo que seja apenas para entrar no lote dos melhores da Pixar, tem de passar além do Bojador. Antes de conhecermos o compactador de lixo mais afável da História, aqui fica Put On Your Sunday Clothes, com o prólogo Out There, uma das canções de Hello, Dolly! (Gene Kelly, 1969). Uma fonte de inspiração para Andrew Stanton.

1 comentário:

Anónimo disse...

eu devo confessar que fui obrigado a roubar um "cartaz" de WALL.E

Isso, atirem-me pedras. Mas era impossível resisitir àqueles olhos doces a olhar para a barata. Jogam muito baixo os senhores da Pixar.

Muito mesmo.