11 de agosto de 2008

Crónica de uma obsessão anunciada.

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Desde a chegada do sorteio-mor, que muitos de nós adquirimos o hábito de dizer Caraças, se amanhã ganhasse o Euromilhões… O desabafo normalmente seguido por uma barbárie qualquer que normalmente habita somente no reino dos sonhos ou, na melhor das hipóteses, no imaginário de Tim Burton. No entanto, nem todas as satisfações de desejo requerem um encaixe financeiro na ordem dos milhões. Veja-se o exemplo do monge de Le Moine et Le Poisson, uns posts mais abaixo. Cada um tem os seus peixes. E, estes podem ser maiores, ou mais pequenos. De há uns dias a esta parte, um que nem é assim tão grande, tem-me perseguido sobremaneira. Acordo a pensar nisto. Adormeço a pensar no mesmo. Caramba, até quando olho para um copo de água vejo à tona o título The Heartbreak Kid. A agitar-se levemente. E, é o dia todo nisto.

Tráfico de influências é a expressão a reter. Recentemente fui alvo de uma injecção altamente lisonjeira sobre o original de 1972, realizado por Elaine May – recordemo-nos do remake com Ben Stiller, Malin Akerman e Michelle Monaghan, em 2007. Ao contrário de ilustres cinéfilos, longe de ser uma enciclopédia cinematográfica – quanto muito, serei um daqueles dicionários de bolso que têm na capa o anúncio Com mais de 1000 vocábulos! –, desconhecia que a obra realizada pelos irmãos Farrelly, no ano que passou, era uma nova versão de um filme de Elaine May. Sem grande interesse no filme, relembro ter visto o trailer e pouco mais. Daí que, depois de ter descoberto esta relação, as coisas tenham mudado um bocado. No entanto, aquilo que pretendo realmente conhecer com urgência é o intemporal – termo utilizado pelo cinéfilo facilmente confundido com comercial – filme da década de 70. Uma história sobre arrependimentos matrimoniais, em plena lua-de-mel, com Cybill Shepherd, Jeannie Berlin, e Eddie Albert. Quando um filme nos é apresentado como uma das mais radiosas reminiscências de A Primeira Noite, é porque temos de tirar duas horas da nossa vida para isto. Apesar da parca qualidade, aqui fica o trailer do filme. Se alguém já tiver passado os olhos por Casei-me Por Engano, título em português, e tiver algo contra esta causa, que se pronuncie agora, ou cala-se para sempre – porque o tema do filme é casamento, pareceu-nos apropriado o recurso a este dito fatalista.

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