18 de abril de 2008

Jacksonismo.

Ainda não está formalizada, no entanto, deverá estar para breve a homologação da corrente filosófica que segue as orientações de Samuel L. Jackson. Melhor, das personagens interpretadas por Samuel L. Jackson. Consta que ficará para a História por Jacksonismo. Dificilmente algum manual escolar terá o atrevimento de abordar esta recente doutrina, contudo, estamos em crer que seria do interesse nacional leccionar os ditos de Samuel L. Jackson no grande ecrã. Provas de uma vida dura, testemunhos na primeira pessoa de realidades universais, aglutinados num compêndio sobre a obra do actor. Mais do que um mero capítulo teórico no meio de tantos outros, este seria o espaço prático de uma aprendizagem que tarda em deixar de ser uma lacuna nas escolas de todo o mundo. Porque, ao contrário do que muita gente pensa, dava jeito uma disciplina que ensinasse a tirar algo a uma pessoa que não nos quer dar esse algo. Dá sempre jeito mandar alguém dar uma volta ao bilhar grande, e continuarmos todos amigos. Dá sempre jeito saber levantar a voz de modo a que todos fiquem bem caladinhos a ouvir-nos. E, reveste-se sempre de alguma utilidade saber pedir com gentileza um determinado favor, quando alguém não está para aí virado. Essa disciplina bem que poderá ser a Filosofia, desde que abrace quanto antes, o Jacksonismo. Aqui estão alguns dos pensamentos e dissertações do mestre.

“My people, my people, what can I say, say what I can. I saw it but didn't believe it, I didn't believe what I saw. Are we gonna live together, together are we gonna live?” (Não Dês Bronca, 1989);

“I swear before God... and four more white people! This is the last time!” (A Febre da Selva, 1991);

“Anything lost can be found again, except for time wasted. “(Fresh, 1994);

“Hey, sewer rat may taste like pumpkin pie, but I'd never know 'cause I wouldn't eat the filthy motherfucker. Pigs sleep and root in shit. That's a filthy animal. I ain't eat nothin' that ain't got enough sense enough to disregard its own feces”. (Pulp Fiction, 1994);

“You having a nice day, sir? You feeling all right? Not to get too personal, but a white man standing in the middle of Harlem wearing a sign that says "I hate niggers" has either got some serious personal issues, or not all his dogs are barking.” (Die Hard – A Vingança, 1995);

“My ass may be dumb, but I ain't no dumbass.” (Jackie Brown, 1997);

“There's the right man's best friend and the wrong man's worst enemy.” (O Negociador, 1998);

“It's alright to be afraid, David, because this part won't be like a comic book. Real life doesn't fit into little boxes that were drawn for it.” (O Protegido, 2000);

“Enough is enough! I have had it with these motherfucking snakes on this motherfucking plane!” (Serpentes a Bordo, 2006);

“I remember my first time; it was out behind my uncle's barn with my second cousin. She was two tons if she weighed a pound, I could have done better for myself.” (Black Snake Moan, 2006);

“I'm not a bum; just homeless” (O Renascer do Campeão, 2007).

Frases que incitam à reflexão. Respostas de algibeira para qualquer ocasião, seja na fila para uma casa de banho em hora de ponta, ou num transporte público quando uma mão marota se atreve a ir mais longe. Em Samuel L. Jackson encerra-se um manual de sobreviência que ensina-nos a estar no século XXI. Meditemos, então.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vi e ouvi por acaso, o Director da PREMIERE, o José Vieira Mendes a almoçar com um dos patrões dos media, no restaurante Il Gattopardo e falavam do relançamento da PREMIERE ou de um novo título de cinema.