9 de maio de 2008

23 - They Marched Into Sunlight.

Tentar descobrir o quer que seja sobre este filme pode revelar-se uma tarefa desgraçada. Pouco ou nada se encontra, como se uma qualquer entidade secreta tivesse sido criada com o intuito ocultar a produção desta obra. Nós sabemos que o projecto existe. Que a sua estreia, inclusive, chegou a estar prevista para o ano passado. Por isso, não vale a pena escondê-lo. Aliás, promover este título é apenas seguir o rumo natural das coisas. É que nem actores associados ao projecto, se conhecem ainda.

Realizado por Paul Greengrass (Voo 93, Domingo Sangrento, Ultimato) e produzido por Tom Hanks e Gary Goetzman, parte da equipa por detrás da soberba Irmãos de Armas, este é um filme que tem tudo para dar certo. Baseado na obra homónima de David Maraniss, finalista dos Prémios Pulitzer em 2004, o filme retrata dois eventos separados de Outubro de 1967, que produziram um efeito semelhante. O primeiro, na Universidade de Wisconsin, onde os alunos protestam, à porta do Commerce Building, contra os representantes da Dow Chemical Company, empresa produtora de napalm. A contestação que havia iniciado pacificamente termina em motim, com intervenção policial. O segundo episódio decorre no Vietnam, onde um pelotão norte-americano é capturado pela guerrilha, e 61 soldados são assassinados. Estes dois episódios, separados por um curto espaço de tempo, contribuíram para uma maior oposição à Guerra do Vietnam, e um aumento da pressão sobre o presidente Lyndon Johnson.

Para já, tanto quanto se sabe, Greengrass ainda está a terminar a rodagem de Green Zone, com Matt Damon e Greg Kinnear. O que nos parece contraditório, dado que a estreia deste está agendada apenas para 2009. No fundo, o calendário do cineasta britânico deve estar uma barafunda. Que as coisas se resolvam pelo melhor, e este chegue mesmo às salas este ano. Apesar de se não se falar muito sobre They Marched Into Sunlight, isso não significa que não aguardemos por ele como se não houvesse amanhã. Este tem todo o ar daqueles que ninguém dá por ele, e depois… zumba. Pelo menos, assim esperamos.

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