Aos chegarmos ao número vinte e cinco desta lista, encontramos o primeiro filme que já leva um prémio na bagagem. Happy-Go-Lucky, de Mike Leigh, valeu o Urso de Prata de Melhor Actriz a Sally Hawkins (Cassandra’s Dream), na última Berlinale. Se as expectativas já eram elevadas, depois disto, ainda subiram mais um bocado.
Realizado pelo cineasta que já nos deu filmes como Nú (1993) e Segredos e Mentiras (1996), Happy-Go-Lucky é a chave para o mundo de Poppy, uma londrina em plena Primavera. A sua profissão, professora primária. A sua vida amorosa vai de vento em popa. Tudo parece correr bem, até conhecer Scott (Eddie Marson), instrutor de condução. Ele é o oposto da sua boa disposição e constante estado de felicidade. Surge então a dúvida. Será Poppy uma mulher irresponsável ou, apenas, terrivelmente sensível?
Ao olharmos para o elenco, nenhum nome salta verdadeiramente à vista – pese embora a vitória em Berlim tenha conferido uma outra dimensão a Sally Hawkins. Um pouco por essa razão, quase que somos obrigados a acreditar que o talento de Mike Leigh, por si só, orquestrou aqui mais uma obra notável. E, não custa muito admitir esta realidade. Para começar, Hawkins já viu o seu trabalho ser reconhecido. O que é bom. O AICN e a Variety também deixam antever um bom ano para este filme. O argumento de Leigh parece ser a parte que recebe mais elogios. Aqui fica o trailer.
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