7 de maio de 2008

Sons de Verão.

Escrever um post tem destas coisas. Começamos por abordar um assunto, e acabamos com o desejo de partir para dissertações que pouco ou nada têm que ver com a primeira ideia. Esta tarde, com o texto a propósito do anúncio sobre o filme de MacGyver, deu-se um episódio mais ou menos semelhante. O simples facto de ter procurado o tema da série, de modo a colocar o link neste blog, fez com que recordasse, durante breves minutos, auxiliado pelo site do costume, temas de outros programas dos eighties e nineties. Um mergulho ao passado. E, mergulho é, de longe, a melhor palavra para descrever esta experiência. Talvez porque o clima já se tenha mostrado colaborante, a verdade é que só deu vontade de relembrar temas de séries associadas ao Verão. O mote era procurar tudo aquilo que, com um fechar e uns pozinhos de imaginação, permitisse uma rápida visita à praia. Desse período, pelo menos cinco séries tornam o desejo realidade. Se esta lista tivesse de ter um título, este seria, Séries cujo genérico, mesmo quando estamos em casa e é Véspera de Natal, dá vontade de vestir o fato de banho e abrir uma Seven-up, antes de começarmos a correr de um lado para o outro, só para suar um bocado, e justificar o mergulho de cabeça na banheira. De forma mais simplificada, Temas de Séries de Verão.

Miami Vice (1984-1989) – Este genérico, não só dá vontade de dar um mergulho no mar, como já diz a canção, como pode ainda aliciar a coisas maiores. É claro que, para isso, teremos de abrir os cordões à bolsa. Agora, que este minuto, tempo que dura o tema de Jan Hammer, é uma porta aberta para o mundo das tentações, parece-nos inequívoco. Carros desportivos, barcos, flamingos a correr… A vida devia ter mais disto. Os fatos brancos de Don Jonhson dispensamos.

Pacific Blue (1996-2000) – Parecendo que não, bicicletas e praia pode ser uma combinação explosiva. Pelo menos, no ecrã. Esta série é um dos motivos pelos quais hoje possuo uma bicicleta. No entanto, os meus passeios são sempre mais monótonos do que os desta gente. O que me entristece bastante. Nunca saltei por cima de um carro. Às vezes salta é a corrente. Depois de Pacific Blue, fiquei à espera de uma série sobre polícias que patrulhassem as praias de Malibu, de skate. E, quem diz skate, diz patins em linha. Ou, trotineta. Até hoje.

Acapulco H.E.A.T. (1993-1994) – Foi preciso chegar aos anos noventa para termos direito ao genérico mais disco de toda a História. No entanto, estes dois minutos tinham uma coisa boa. É que mostravam logo um dos defeitos da série: gente a mais. Dois minutos para apresentar os actores mais importantes é uma eternidade. Vá lá que a acção desenrolava-se em Acapulco, e dava para encher o tempo com motas de água, Hummers em pôr-do-sol, resorts bem frequentados, e, porque não, Catherine Oxenberg. Quatro anos mais tarde, a série regressaria, somente com dois dos actores originais, e apenas para uma sofrível temporada.

Tropical Heat (1991-1993) – O genérico, por excelência, das séries de Verão. Num ambiente assim, qualquer um combate o crime. Desde quando é que alguma coisa corre mal no Paraíso? Passar um episódio desta série, num dia de chuva, devia ser proibido por lei. Por cá, a série passou no canal um da RTP, se a memória não me falha. Anos mais tarde, ainda teve direito a rerun. É verdade que tudo tem o seu tempo. Mas, caramba, como sabia bem ver isto nas tardes da estação quente, antes dos Jogos Sem Fronteiras.

Marés Vivas (1989-2001) – Porque esta é a mais antiga, reavivemos a memória com a primeira introdução da série. Save Me, de Peter Cetera, a música original da NBC, antes da série se ter tornado num êxito mundial. Agora, provavelmente o mais célebre tema de qualquer série de televisão, I’ll Be Ready, de Jimi Jamison, é o equivalente ao toque de entrada para a sala de aula. Ao ouvirmos os primeiros acordes, é impossível não pensar em praia. Calor. E… outras tantas coisas que faziam desta, uma série singular. Que venha o filme.

5 comentários:

Célia disse...

Bem, que momento de nostalgia ao rever o genérico do Tropical Heat... Que saudades do Nick Slaughter :)

Carlos M. Reis disse...

Curiosamente, só o Tropical Heat não me diz nada. Quanto às Marés Vivas, já vieram 2 ou 3 filmes (lembro-me de ter visto o Wedding e um mais antigo que serviu de transição de temporadas) e o resultado foi muito medíocre. Era preciso alguém com cabeça pegar no conceito. Senão sai algo que só funciona como entretenimento simpático em 30 minutos e não em hora em meia.

Um abraço Alvy!

Miguel Ferreira disse...

Do Pacific Blue lembro-me da inconfundível tradução de Asas nos pés!
O Tropical Heat é o verdadeiro clássico dos meus oito, nove anos, à hora do lanche, lá vinha este primo do Lorenzo Lamas fazer das suas!Andei desde aí à procura da música e só há pouco tempo, com a invenção do youtube, a voltei a ouvir e a ver, isto é que eram genéricos, quase dois minutos sempre a tocar!
O Baywatch é o símbolo do verão e o I´ll be ready é das musicas que me dá mais energia para o dia a dia cinzento, a seguir ao tema do Top Gun claro.
Um abraço

Cataclismo Cerebral disse...

O Tropical Heat faz-me revisitar a minha infância. Adorava a série, que se conjugava na perfeição com o calor que fazia lá fora... Eram tardes bem passadas, na companhia da RTP1.

Abraços

Cristina disse...

Não me lembro muito bem do 'Tropical Heat', mas costumava seguir todas as outras. Eram maravilhosos tempos em que achávamos que qualquer coisa estava boa, se nos entretinha.

Até há uns meses, seguia o Pacific Blue no AXN, mas, de repente, decidiram pôr no ar 'As Feiticeiras'.

Por falar em séries nostálgicas, que tal relembrar (ou fazer um filme quem sabe) do 'Beverly Hills, 90210'. Eram domingos fantásticos!