11 de maio de 2008

Foi mais ou menos assim que assisti a isto.

Porque este filme já roubou tempo demasiado, não me alongarei nestas considerações. Sempre defenderei a tese segundo a qual nenhum filme deve esbarrar na crítica de quem o viu. Porque todos gostamos de Cinema, jamais poderei ceder à tentação de não recomendar determinada obra. Em último caso, recomenda-se com o intuito de mostrar tudo aquilo que está mal. E, é única e exclusivamente com esse propósito, que aconselho este Loucuras em Las Vegas (Tom Vaughan). Apesar de ter visto o filme já há dois dias, continuo a tentar reconstituir os passos que levaram à sala de cinema, e perceber como é que me conseguiram levar nesta coboiada.

Enumerar os defeitos desta obra é cair no facilitismo. Opinar sobre as suas qualidades, quase um exercício de bruxaria. Esta é a comédia romântica que todos vimos, quando começámos a gostar de Cinema. As fórmulas do costume estão todas aqui, e não existe o mínimo esforço de deixar um cunho pessoal. Arte é quando 1+1 não é igual a dois. Em Loucuras em Las Vegas, esta soma dá zero. Quando o filme tem apenas cinco minutos, a dupla de protagonistas decide viajar para Las Vegas. Quem é que falou em apressar a narrativa? O maior cliché de todos, no entanto, são estas duas palavras que surgem em todo e qualquer filme em que ele é um preguiçoso de primeira, e não consegue assentar: Minor League. Estas duas palavras estão para as comédias românticas, como I’m Your Father está para Star Wars. Cameron Diaz e Asthon Kutcher, já mostraram bem mais do que isto. Mas, também, numa história como esta, quem é que os pode criticar. Se calhar até podemos. Bem, no início disse que não iria alongar-me, e isto já está a ficar demasiado grande. Resta dizer que, há momentos em que nos rimos, coisa que convém, num filme que se apresenta como comédia. Cabe a Rob Corddy (Daily Show) dar-nos os melhores gags. No entanto, em mais de hora e meia, são muito poucos os instantes de lucidez, em que conseguimos conectar com o enredo. Tudo funciona aos repelões. E largos. Um bocado como aqueles televisores em que a antena não apanha bem o sinal, e temos de dar uma valente pancada de lado – só há pouco tempo tenho Tv Cabo, por isso sei bem do que estou a falar. Posto isto, loucura é ver este filme. Sejam como Alvy Singer, e dêem azo ao vosso lado mais demente.

Sem comentários: