28 de junho de 2008

2 - Revolutionary Road.

Quando Beleza Americana estreou no inicio de Outubro de 1999 nos Estados Unidos, Sam Mendes não passava de um ilustre desconhecido. Seis meses depois, na noite da consagração nos Oscares, o director de fotografia Conrad L. Hall dirigiu-se a ele como o novo Orson Welles. Um paralelismo desmedido, mas que, até certo ponto, não deixava de ser a verbalização do pensamento de muitos. Ali estava o american dream, palpável, diante dos nossos olhos. Um encenador londrino, estreante nas andanças de Hollywood, a realizar o melhor filme do ano. Naqueles dias, um jovem cineasta de 34 anos com um futuro auspicioso à sua frente. Hoje, um não tão jovem cineasta de 42 anos com um futuro talvez menos brilhante à sua frente. Por esta altura, se calhar já se esperava, pelo menos, mais uma nomeação no currículo. No entanto, Caminho Para A Perdição (2002) e Máquina Zero (2005) não foram os sucessos estrondosos que se esperavam. Talvez por isso, Revolutionary Road não esteja ainda nas bocas do mundo. O que é um bom sinal.

Baseado no aclamado romance de Richard Yates, Revolutionary Road conta-nos a história de April (Kate Winslet) e Frank Wheeler (Leonardo DiCaprio), um casal jovem e próspero, a viver num subúrbio de Connecticut, com os seus dois filhos, na década de 50. A máscara de sucesso deste casamento esconde a frustração de ambos, quer na relação que mantém, quer nas suas carreiras profissionais. Frank tem um bom ordenado, mas num emprego que está longe de satisfazer a sua realização pessoal, enquanto April, uma doméstica dedicada, lamenta o sonho perdido de se tornar actriz. Determinados a provar que não são mais um casal infeliz dos subúrbios, decidem sair do país, e rumar a França, onde esperam conseguir desenvolver tudo aquilo que perto de casa parecia impossível.

Para além do livro que serve de base, e do realizador aos comandos, o facto de estarmos perante o reencontro de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet também tem muito que se lhe diga. Secretamente, se calhar até mesmo partilhado por aqueles que não foram muito à bola com Titanic (1997), existe um desejo colectivo com mais de uma década, que passa por rever esta parelha no grande ecrã. Algum dia havia de ser. Está para breve.

Por enquanto, ainda não existe trailer. Somente meras fotografias. Poucos dados foram ainda revelados. Talvez o mais importante, e que nos diz mais sobre o projecto, seja o de a MPAA classificar o filme para maiores de 18, devido ao habitual language and some sexual content/nudity. Como candidato assumido aos Oscares, o filme tem estreia marcada para finais de Dezembro. Depois deste, só fica a faltar um.

1 comentário:

João Bizarro disse...

A coisa promete.
Gostei do Road to Perdition e não desgostei do Jarhead.
Embora estejam uns furos abaixo ao American Beauty.