A notícia vem no Público de hoje, e vale a pena alertar aqui para o abaixo-assinado a favor da instalação de um pólo da Cinemateca Portuguesa no Porto. A petição, lançada quinta-feira por estudantes universitários, conta já com mais de 2200 assinaturas. No abaixo-assinado podemos ler:
“Os abaixo-assinados estão cientes desta situação e acreditam que, sendo insustentável que o funcionamento da Cinemateca não esteja de acordo com o seu âmbito nacional; sendo intolerável que a cidade de Lisboa, apenas por via desta instituição, tenha acesso, por dia, a cinco filmes na sua maioria anteriores à década de 90, enquanto que o Porto passa vários meses sem poder ver uma obra histórica relevante; havendo várias manifestações cívicas, associativas e pessoais, a reivindicarem o alargamento do âmbito do organismo em questão, é fundamental e urgente a criação de um pólo da Cinemateca Portuguesa na cidade do Porto”.
A estas vozes juntam-se a de João Bénard da Costa, director da Cinemateca, e de Isabel Alves Costa, filha do crítico e historiador de Cinema Henrique Alves Costa, actriz, programadora cultural e professora de Expressão Dramática.
“Essa foi uma batalha de toda a vida do meu pai que ele nunca viu concretizada. É muito triste o estado a que chegámos nesta cidade que teve um lugar tão importante na história do cinema em Portugal. Cinemateca Portuguesa não é a cinemateca de Lisboa, é nacional, por isso devia estender a sua actividade a todo o país, pelo menos às capitais de distrito”.
Também Beatriz Pacheco Pereira, directora do Fantasporto - Festival Internacional de Cinema do Porto, manifestou o seu desagrado.
“Lamentavelmente, estamos limitados aos grandes êxitos norte-americanos e aos pacotes de filmes que eles impõem aos circuitos de distribuição com os filmes mais comerciais. Todos os anos são feitos milhares de filmes em todo o mundo que os portugueses não vêem porque o circuito de distribuição em Portugal está limitado aos filmes americanos”.
Aqui fica o link para o abaixo-assinado.
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