16 de junho de 2008

Há semanas assim.

De quarta-feira da passada semana, até esta sexta, foi um daqueles períodos em que prevaleceu a Lei de Murphy: Se alguma coisa pode correr mal, correrá. Tudo começou terça-feira, quando o computador, esse aparelhómetro que já no Deuxieme tinha feito das suas, decidiu ameaçar diversas vezes com um desligar por conta própria. Felizmente, bastava carregar no botão, e o dito cujo lá voltava a funcionar. Apesar de desagradado com a situação, dava para ir andando. Mas, não por muito tempo. Quarta-feira desligou-se em definitivo. Quinta, ao acordar, nada. Foi então que recrutei os prestáveis serviços de quem já me tinha socorrido quando, há uns meses, a motherboard foi desta para melhor. Agora, porque destas coisas de computador não percebo grande coisa, achei que enquanto estivessem aqui em casa a tratar do pobre coitado, seria uma boa altura para aproveitar, e ir ver as quatro de Manhattan em acção. Sol de pouca dura. Precisamente a meio do filme, no intervalo, um telefonema que pretendia serenar as hostes, mas que foi mais inquietante do que outra coisa qualquer. O computador tinha aquecido em demasia e fumo inclusive saído da caixa. Para quem estava aqui era bom sinal, porque o problema tinha sido detectado. Agora, para quem estava no Cinema, a ideia de que um fogo esteve perto de deflagrar no próprio quarto, não é lá muito agradável. Por muito que custasse, era obrigado a regressar, e deixar para trás a afável companhia de Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda. Aliás, esse foi o último dia que vi o meu computador e Carrie. O primeiro, felizmente, reencontrei-o esta sexta-feira. Quanto a Carrie Bradshaw, digamos que a primeira metade do filme não foi suficiente para que, logo no instante a seguir, dissesse Caramba, tenho de regressar rapidamente à sala para acabar de ver isto. Aliás, posso afirmar que foi até uma decisão fácil, deixar o filme para trás, e regressar a casa. É claro que, por vontade própria, teria continuado de bom grado na minha cadeira, a assistir ao desenrolar da história. Quem sabe se a última hora não nos reserva a maior das surpresas. De qualquer forma, tenciono ver o resto da obra, quanto mais não seja para ficar com o quadro completo. Agora, porque aquilo que correu mal no resto da semana, nada tem que ver com Cinema, fiquemo-nos por aqui, pegando neste tema. Filmes de que saímos a meio. Este O Sexo e A Cidade foi o terceiro. Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto, porque a pessoa com quem estava adormeceu e decidimos que não valia a pena continuar, até porque já tinha visto o filme num visionamento, foi o primeiro. A Ronda da Noite, recentemente, porque a pessoa com quem estava ficou indisposta a meio, foi o segundo. Até hoje, nunca sai de uma sala de cinema pelo próprio pé. Não aguento mais! Vou-me embora! Vontade para tal, talvez já tenha existido. Desse lado, já alguém bateu com a porta nalgum filme?

Antes de terminar, resta dizer que não é fácil estar uma semana sem escrever no Yada. Se a Annie não pode neste momento, por questões de trabalho, da minha parte, há muito que passou a fazer parte do quotidiano escrever sobre cinema. Primeiro, no Deuxieme. Agora, aqui. Pelo silêncio, peço desculpa. No entanto, creio que Murphy ainda não se debruçou sobre o final das coisas. Este filme ainda agora começou, e muitos ovos estão ainda por colher.

10 comentários:

Arte Revisitada disse...

welcome back ;)

felizmente nunca tive de sair a meio de um filme, quanto muito, se for um filme péssimo, ainda passo pelas brasas, ahah.

Pedro Xavier

Anónimo disse...

sair a meio de um filme também nunca saí, nem por necessidade, nem por vontade, e só uma vez o ponderei fazer por não estar a gostar da experiência e foi quando fui assistir ao Nona Porta...

Anónimo disse...

Nunca saí a meio de um filme. Já tive muitas vezes vontade de o fazer mas depois pensava "o filme está a ser uma boa m****, mas já que estou aqui no cinema, ao menos vejo a m**** até ao fim!"

Ricardo-eu disse...

Para mim uma ida ao cinema não é só uma ida ao cinema, mesmo que agora se torne mais frequente do que tinha sido nos últimos tempos, ir ao cinema continua, e espero que continue, a manter uma aura de operação artística incomparável, o cinema é um local de reflexão sobre a arte e sobre a sua influência em mim e por isso entrar numa catedral do cinema é já motivo para satisfazer o meu gosto, por isso o filme por muito mau que seja, merece sempre o meu respeito, deste modo não uso telemóveis na sala de cinema, não como pipocas ou falo durante a sessão.
Nunca sai de uma sessão e espero nunca sair de uma pelo próprio pé.
Já agora, o pouco que viu do A Ronda da Noite, o que achou? Eu vi o filme todo e gastei verdadeiramente do estilo e do resultado.

claudiagameiro disse...

Nunca sai de um filme a meio, um pouco naquela «não vamos massacrar o filme logo na primeira parte, talvez o fim surpreenda!». Confesso que a única vez que tive uma vonatde quase irreprimível de sair foi no Sin City. Eu até estava a gostar das histórias, mas aquilo lá pelo meio foi uma seca de tal ordem que se não adormeci foi por muita sorte!

Anónimo disse...

Quanto a mim, nunca deixei um filme a meio numa sala de cinema, principalmente, por uma questão de respeito: por pior que seja o filme, se eu escolhi ver aquele filme, então, devo levá-lo até ao fim, mesmo que seja mesmo MUITO mau. Embora, claro, vontade não tem faltado.

Anónimo disse...

actualiza la isto outra vez.....o minha arara

Anónimo disse...

Benvindo de novo Alvy, sentimos a sua falta!

Bem eu infelizmente já saí de um filme a meio por questões de indisposição graças a umas misturas estranhas que fiz ao jantar, e até que estava a gostar bastante do dito cujo até começar a ver tudo meio nublado e "A Noiva Cadaver" ficar para sempre na minha memória como aquele filme que que tinha o nome mais adequado ao meu estado naquela altura. De resto tive bastante vontade de me vir embora em alguns filmes mas tal como foi dito anteriormente pode estar a ser um m**** mas já que ali estou que se veja a m**** até ao fim.

Margarida Carlos

abc disse...

o único filme que me fez sair a meio (talvez até antes do meio) foi o E.T.

(agora captei as atenções)

por erro meu, fui ver a versão re-editada mas dobrada em português.. um suplicio. ouvir durante mais de vinte minutos as palavras "étê casa telefone" é insuportável.

sair a meio de um filme por não estar a gostar nunca me aconteceu, já que lá estou acabo de ver.

alvy, lamento pelo incidente com o computador e pela saída precipitada do cinema.

dani disse...

O unico filme que deixei a meio foi o Solaris (do Soderbergh). Pensei que nenhum final, por mais brilhante que fosse, puderia compensar a tamanha seca que estava a apanhar.

alguem acha que o devia ver até ao fim?