Com O Sexo e A Cidade, chegou também às salas norte-americanas o trailer do remake de The Women (George Cukor, 1939). Nem uma semana depois, já corre tinta. Por estes dias, o entusiasmo em torno das quatro de Manhattan é tanto, que na Warner Brothers fala-se já numa possível sequela. A estreia estrondosa apanhou muita gente desprevenida, até porque estes 56 milhões obtidos no primeiro fim-de-semana estavam nas estimativas de muitos analistas, para todo o período de exibição. Contudo, este é apenas um lado da moeda. Do outro, a mesma Warner Brothers continua a deixar a moribunda e à beira da falência Picturehouse responsável pelo marketing e distribuição limitada deste tal remake de The Women.
A obra, realizada por Diane English, argumentista de séries como Murphy Brown, não tem tido o mais fácil dos partos. Depois do financiamento arrancado a ferros, parece que Jeff Robinov, um dos executivos da WB que há muito manifestou a sua opinião relativamente a filmes protagonizados por mulheres, não gostou do primeiro screening. Ora, isto só veio dificultar o que já não era fácil. Nas mãos de outro estúdio, qualquer um que não tivesse Robinov como executivo, era fácil resolver esta equação. Aliás, nem há equação. É uma mera soma de 1+1. Se este fim-de-semana serviu para alguma coisa, foi provar que mulheres são capazes de abrir um filme. Caramba, realizada por uma das mais influentes argumentistas e produtoras de uma das melhores sitcoms dos nineties, e com um elenco onde encontramos estrelas como Meg Ryan, Annette Benning, Eva Mendes, Carrie Fischer, Candice Bergen, Jada Pinkett Smith, Debi Mazar e Debra Messing, será assim tão complicado rentabilizar a obra? Nikki Fenke avança até com um possível slogan óbvio para a campanha “If you loved Sex In The City, then you need to see The Women that started it all”. No artigo de Fenke, dois desenvolvimentos ajudam a completar a história. O primeiro, diz-nos que alguém da WB terá informado que o estúdio planeia dar uma nova oportunidade ao filme, e vê-lo novamente. O segundo, para não pensarmos que Robinov baixou a guarda, diz-nos que Spring Breakdown, com Amy Phoeler, Parker Posey e Rachel Dratch, sairá directo para vídeo. Ele há mesmo pessoas inflexíveis. E casmurras. O que este Robinov precisava era de uma Maria austríaca, vibrante e a cantar Something Good, a entrar-lhe pela casa adentro. E, já agora, de uma rectoscopia. Mas, só para confirmar que está tudo bem. Aqui fica o trailer de The Women.
Sem comentários:
Enviar um comentário