O melhor que Oliver Stone pode fazer é não mostrar muito deste seu próximo filme. O título é um bom exemplo disso mesmo. Não é por acaso que a obra se chama W. Uma mera consoante. Stone é um tipo sabido – ou, como diria Scolari, sabedor –, com muitos anos disto. E, brinca connosco, desde o início. Aliás, connosco não. Apenas com aqueles que acham que o homem só é capaz de chocar, mostrar o lado mais polémico da questão, incitando sempre à discussão. Que os há. No entanto, de há uns anos a esta parte, Stone tem-se deixado um pouco disso, e procurado narrar a sua versão de maneira diferente. No entanto, uma vez estabelecido um padrão, é difícil romper com o passado. A esta hora, muito bom fazedor de opinião estará a experienciar um duelo interno, com metade do cérebro a dizer que estamos na presença de um thriller apetecível, enquanto outra metade afirma tratar-se de uma comédia camuflada. Mas, será possível Oliver Stone realizar algo, cujo primordial objectivo seja fazer rir? Quanto menos Stone mostrar, melhor. É que, assim, temos mesmo de ir à sala verificar com os nossos próprios olhos.
28 de julho de 2008
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