Facilmente nos desdobramos em elogios para com o antigo elenco da magnífica Departamento de Homicídios. Nada mais fácil do que pegar num qualquer actor desta série, e apontar-lhe as suas maiores virtudes. Até Daniel Baldwin encaixava no cenário. Há uns tempos foi a vez de Andre Braugher. Hoje, Melissa Leo. Passe a brejeirice, a detective com o maior par deles, desde Clarice Starling. Agora, não falaremos de Melissa Leo por dá cá aquela palha, só porque nos apetece. A verdade é que o nome da actriz tem vindo a surgir cada vez mais nos artigos referentes à próxima cerimónia dos Oscares. Os simpaticamente considerados pré-pré-pré-candidatos. No entanto, convém deixar a ressalva de que até parece existir algum fundamento, ou a interpretação em causa não fosse no vencedor do Grande Prémio do Júri de Sundance deste ano, Frozen River (Courtney Hunt). Veja-se o artigo de Emanuel Levy, que entra logo a matar com a seguinte afirmação “Melissa Leo gives an Oscar-caliber performance”. Já a Variety, um pouco mais a medo, lá inclui a obra de Courtney Hunt, acompanhada da actriz. Ao mesmo tempo que nos agrada a ideia de ver Melissa Leo entre as cinco nomeadas, muito francamente, não nos parece que a actriz tenha estaleca para tal. Estaleca, não no sentido de qualidades artísticas, apesar de ainda não termos visto o filme, mas no que à reputação diz respeito. Porque, convenhamos, nisto dos prémios, o renome conta, e muito. E, depois de um ano em que os estrangeiros limparam as estatuetas, urge devolver o dinheiro à casa, e em grande. De qualquer forma, a tanto tempo da cerimónia, tudo isto não passa de suposições. Aqui fica o trailer de Frozen River, um drama sobre o quotidiano de um grupo de mães solteiras, na fronteira entre o estado de Nova Iorque e o Quebec, nos dias que antecedem o Natal. Nos Estados Unidos, o filme estreia este fim-de-semana.
26 de julho de 2008
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